quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Eterno retorno
Pensando no que Nietzsche escreveu certa vez, sobre o eterno retorno, eu responderia à sua indagação (que está completa abaixo) de maneira positiva. Eu toparia experimentar a sensação de estar abandonado no Aterro, para então ficar exultante ao ser adotado por mami, depois me sentir abandonado quando ela viaja e me sentir de novo feliz quando ela volta. Faria tudo igual e viveria cada período com a mesma intensidade - pois assim sou, intenso. Tudo volta - o prazer, a dor, a alegria, o sofrimento. E aí está a nossa saída.
E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: “Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência – e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez – e tu com ela, poeirinha da poeira!“ Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: “Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!” Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: “Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?” pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?”
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valeu Teo, vc bem me ajudou a enriquecer o argumento do meu filme com sua citacao de Nitzsche :-)
ResponderExcluirbem vou arrumar um personagem inspirado em vc.
Passei aqui avisar que tenho um novo blog, bjs!
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