O amor é o melhor remédio

Não sei se vocês repararam na enquete ao lado, sobre o veterinário dos seus bichanos. Minha mami me levava a uma veterinária que atendia a todos os tipos de animais. Eu vivia resfriadinho, mamãe tinha que ficar fazendo nebulização em mim toda hora, me dando vitaminas... Melhorar que é bom, nada. Eu voltava a ficar espirrando e sujando a casa toda.

Depois da tal mordida, ela decidiu procurar uma veterinária especialista em gatos. E como faz diferença ir a alguém que me conhece de trás para frente. Só de me apalpar ela viu que eu tinha esquecido de ir ao banheiro antes de entrar na casinha e ir passear com a mami!

A primeira pergunta que ela fez para mami: já fez exame de sangue nele para saber se tem Aids felina ou leucemia felina? Tadinha da mami, mãe de primeira viagem de felinos... Lógico que respondeu que não. Ela nem podia imaginar que gatos que constantemente apresentam problemas de saúde são considerados suspeitos para leucemia felina.

O diagnóstico é feito por um teste na hora, tipo exame de gravidez. Ela tirou sangue de mim (eu gritei, afinal, nunca tinha tirado sangue). E em poucos minutos veio o resultado: tenho FeLV (leucemia). Minha mãe ficou arrasada... Afinal, não tem cura. Mas a veterinária fez questão de tranquilizá-la.

O vírus FeLV ataca e enfraquece o sistema imune do gato, mas pode seguir dois caminhos. Um deixa o animal suscetível a uma variedade de doenças infecciosas. No segundo caminho, o felino pode desenvolver câncer. Ou seja, se for cuidado, um felino pode nunca vir a ter um tumor, tendo, portanto, uma vida normal.

A infecção é passada de um gato para outro e eu devo ter me contaminado na vida pré-mami, quando ainda vivia na rua. Por isso, a veterinária recomendou não ter outro gatinho morando comigo. Quem não é infectado, talvez seja interessante tomar a vacina quíntupla, muito eficaz para a leucemia felina. Quem é, há medidas para ter uma vida saudável: ficar o mais tempo possível dentro de casa; tomar interferon (para aumentar imunidade); e o remédio Vudirax (para humanos, que não deixa o vírus se replicar). Este remédio é um pouco caro, mas dura por uns seis meses. Vale a pena!

Neste dia em que descobrimos a doença, eu fiquei um pouco triste, amuado, nem dei bola para a mami, não comi, pois detestei tirar sangue! Mami ficou tão para baixo... Mas depois eu vi que ela estava cuidando de mim com carinho e só queria o meu bem. Fiz as pazes e mami ficou mais animada. Espero que vocês tenham uma mãe como a minha. Com o amor dela, eu vou viver por muito tempo saudável!

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E falando em amor... Parabéns a Claudinha, pelos seis meses do Beco dos Felinos Tica, Tica, Toco e Teca!