domingo, 26 de outubro de 2008

Sete vidas, para o bem e para o mal

Sete vidas - e em alguns países, os felinos têm nove - são para poucos. Os humanos, por exemplo, não saberiam lidar com tantas possibilidades - para o bem e para o mal - de errar, acertar, errar de novo, recomeçar, apaixonar-se, amar, apaixonar-se de novo, magoar-se, magoar outros, sentir saudades e doer, não querer sentir saudades e ainda assim doer, perdoar-se, perdoar outros, ter coragem para arriscar, ter medo de não dar certo, entender seus próprios desejos, aceitar os desejos dos outros, e querer que a última flor não caia (não se sabe quando terá - e se terá - nova florada).

Pois, como disse Fernando Pessoa, "para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui, sê tudo em cada coisa, põe quanto és no mínimo que fazes". É. Ser inteiro em sete vidas não é mesmo para qualquer um.

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