quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nada é o que parece

"Nada é o que parece: assim como o homem primitivo viveu num mundo de sonho em relação aos fenômenos da natureza, também nós ainda vivemos num mundo de sonho em relação a nós mesmos e pouco ou nada sabemos sobre as causas verdadeiras de nossas ações na vida prática." (Auto-engano, de Eduardo Giannetti)

Quantas vezes compramos gato por lebre? (Embora deteste esta frase, pois acho que valha muito mais a pena um gato que uma lebre, mas se eu colocasse lebre por gato não ia fazer sentido, pois já estamos acostumados a este provérbio)

Muitas vezes somos enganados, outras nos enganamos, sabendo que estamos comprando gato, mas queremos fingir que estamos comprando lebre. O auto-engano é uma forma que usamos para nos proteger. Vamos combinar, mudar é muito difícil.

"Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o auto-engano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto." É, pode ser.

Às vezes deixo minha mãe acreditar que penso que sou um cachorro e pego a bolinha quando ela joga para mim. Assim, ganho um carinho extra. :)


2 comentários:

  1. e o auto-engano parece ser exclusividade dos humanos...

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  2. ai que delícia!
    A Lina podia aprender a trazer a bolinha pra mim também, Teo!
    Amei!

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