"Nada é o que parece: assim como o homem primitivo viveu num mundo de sonho em relação aos fenômenos da natureza, também nós ainda vivemos num mundo de sonho em relação a nós mesmos e pouco ou nada sabemos sobre as causas verdadeiras de nossas ações na vida prática." (Auto-engano, de Eduardo Giannetti)
Quantas vezes compramos gato por lebre? (Embora deteste esta frase, pois acho que valha muito mais a pena um gato que uma lebre, mas se eu colocasse lebre por gato não ia fazer sentido, pois já estamos acostumados a este provérbio)
Muitas vezes somos enganados, outras nos enganamos, sabendo que estamos comprando gato, mas queremos fingir que estamos comprando lebre. O auto-engano é uma forma que usamos para nos proteger. Vamos combinar, mudar é muito difícil.
"Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o auto-engano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto." É, pode ser.
Às vezes deixo minha mãe acreditar que penso que sou um cachorro e pego a bolinha quando ela joga para mim. Assim, ganho um carinho extra. :)
e o auto-engano parece ser exclusividade dos humanos...
ResponderExcluirai que delícia!
ResponderExcluirA Lina podia aprender a trazer a bolinha pra mim também, Teo!
Amei!