Domingo da independência

Aproveitando o mote do Dia da Independência, aproveito para ensinar um pouco mais aos humanos sobre independência - nisso, nós, gatos, somos especialistas. Ok... Ninguém é totalmente livre, como Martha Medeiros tão brilhantemente escreveu em sua coluna deste domingo: "O máximo de liberdade que podemos almejar é escolher a prisão em que queremos viver".

Mas se formos independentes de medos desnecessários, de relacionamentos que nos deixam menos potentes, de trabalhos que nos desmotivam, de hábitos que nos desagradam, e nos escravizarmos a conquista dos nossos desejos, a amizades que nos elevam, a tarefas que nos engrandecem e a costumes que nos deixam pessoas mais fortes, já seremos livres o suficiente até para querermos dividir a nossa liberdade com outra pessoa.

Por isso, nós felinos, aproveitamos cada dia - e não só o dia 7 de setembro - para devorar um pão de chocolate sem culpa, ou a vista do Pão de Açúcar sem melancolia; conhecer algum lugar novo ou conversar com algum desconhecido, sem pré-conceitos; admirar uma árvore ou observar um animal, sem pressa; curtir cada momento se entregando a ele, pois, como disse Vinícius de Moraes, "a vida só se dá para quem se deu".